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Confira o RHCP comentando faixa por faixa o “Unlimited Love”

Tivemos acesso em primeira mão a um conteúdo incrível sobre Unlimited Love, o novo álbum do Red Hot Chili Peppers, lançado nessa sexta (01/04).

Recebemos os comentários de todas as faixas do disco, feito pelos próprios Chili Peppers. Anthony Kiedis e Flea comentam todas as faixas e o Chad Smith apenas algumas delas (infelizmente, não tivemos acesso a possíveis comentários do John Frusciante). São os mesmos comentários que a banda gravou para o canal na SiriusXM.

Confira como foi o processo de composição de cada canção nesse “Faixa a Faixa” que traduzimos para vocês!

BLACK SUMMER

ANTHONY KIEDIS: “É a música número um, ‘Black Summer’. John que veio com a música e para ele acho que era para ser como uma ode pesada ao belo grunge e o que eu ouvi foi devido à música folk galesa das montanhas do País de Gales. Você cruza essas duas coisas e o resultado é ‘Black Summer’.”

FLEA: “Começamos com essa quando o John Frusciante voltou para a banda. Foi muito empolgante! Eu não posso falar pelo John, mas eu sinto que para ele a empolgação é a mesma. Tipo ‘Uau, como eu navego nessa coisa em que estou há muito tempo? Isso ainda funciona? Ainda continua existindo?’ Eu não sei está pensando isso ou não. Mas, logo no início, John entrou e disse, ‘Eu tive essa ideia para uma música.’ E ele mencionou recentemente que não compunha uma música de rock há muito tempo. E é essa música que se tornou ‘Black Summer’. Uma das coisas que eu realmente amo nas letras de Anthony é que, embora eu saiba que elas são profundamente pessoais de acordo com a sua experiência no mundo, elas também são abertas à interpretação. Assim como suas metáforas, seu senso de poesia e a forma como as palavras soam quando estão próximas umas das outras é algo realmente mágico para mim. A interpretação é bem aberta e todos podem aplicá-la à sua própria experiência e eu adoro isso.”

CHAD SMITH: “Nosso primeiro single ‘Black Summer’ é apropriado porque acho que é um dos primeiros que o John trouxe e ele teve uma ideia de guitarra para a música, muito ao ‘estilo John’ e soou muito familiar, mas também novo e fresco. Isso é o que transformamos a música. Aí vem ‘Black Summer’.”

HERE EVER AFTER
AK: “A faixa #2 no disco ‘Unlimited Love’ é uma música chamada ‘Here Ever After’, que pode ou não ter sido chamada de ‘Joy Example’ como título provisório. Essa música foi uma daquelas músicas que todo mundo começou a tocar sua parte e eu apenas fechei meus olhos e sabia qual era o meu trabalho e eu adoro quando isso acontece. Você poderia chamá-la de uma natureza morta do lado mais sujo de Hollywood. A vida nas ruas de Hollywood, Califórnia. Talvez até a vida nas ruas na década de 1980, quem sabe? Você me diz…’Aqui para Sempre’.”


FLEA: “‘Here Ever After’ começou musicalmente mais uma vez, com John. Ele tinha essa melodia e esse movimento, essa progressão de acordes, essa melodia que era realmente bonita e simples. Eu só queria honrá-lo e tentei encontrar um ritmo que fosse contra ele de uma maneira que funcionasse muito bem. Simplesmente aconteceu e Anthony começou a cantar essa grande melodia que acompanhava a guitarra, o que é legal porque tem essa melodia de guitarra simples que vai, é muito profunda, ela passa pelos versos e Anthony canta essa outra frase rítmica, meio hipnótica que passa por cima disso. Há muito espaço para todos serem eles mesmos dentro dessa estrutura que John criou e realmente incrível.”

CS: “A música ‘Here Ever After’ é uma linha de baixo ao estilo ‘Flea’ com uma bateria tribal. Anthony Kiedis faz o que sabe e, claro, o John está soltando sua magia na música. Essa é a ‘Here Ever After’.’

AQUATIC MOUTH DANCE

AK: “Uma espécie de ode aos tempos antigos. Alguém me perguntou sobre o que era essa música e eu disse ‘é sobre a alegria da luta, o dom de não conseguir o que você quer, você conhece o congelamento e a fome e a negação, e tudo mais da beleza que vem com essas experiências de vida problemáticas e coloridas. E é sobre a dança da vida. Quero dizer, em poucas palavras, isso é ‘Aquatic Mouth Dance’.”

FLEA: “Lembro dessa música ter nascido antes de começarmos a trabalhar nas músicas novas, e isso é muito típico do Red Hot Chili Peppers, que é apenas improvisarmos e tocarmos e vamos em frente. Muitas vezes eu começo uma jam, e neste caso em particular eu peguei o baixo e sem pensar comecei a tocar a base do que iria virar ‘Aquatic Mouth Dance’. E todo mundo entrou na música e começaram a tocar, então nós estamos improvisando e tocando e Anthony realmente gostou disso. Eu poderia dizer que ele ficou muito animado e pulou no microfone e começou a cuspir. Quando estávamos gravando as trompas e eu estava escrevendo arranjos de trompas para algumas das músicas, John teve a ideia de que todas as trompas tocassem ao mesmo tempo bem livremente nessa faixa. E nós simplesmente explodimos, e todos fizemos solo e fomos à loucura e então usamos em diferentes partes da música. ‘Vá fundo, entre no ritmo, perca-se’. Eu amo essa faixa, é uma das minhas favoritas.”

CS: ” ‘Aquatic Mouth Dance’ é um funk reto e direto”.

NOT THE ONE

AK: “Essa foi uma música que foi virada do avesso, de cabeça para baixo, despedaçada, remontada e se tornou ‘Not The One’. Eu gosto dessa música, espero que você a esteja sentindo.”

FLEA: “Começamos a tocar com o John e a ensaiar e escrever e entramos no ritmo de fazer isso, e então a pandemia chegou. Paramos de tocar juntos por um tempo e fomos para casa e ficamos tipo, ‘sabe, vamos nos isolar e esperar essa pandemia passar’. E fizemos isso por alguns meses, e eu estava muito sozinho em casa durante esse tempo escrevendo coisas em um piano, e isso é algo que eu escrevi. Você meio que ouve o groove do piano ao longo dela. Fiz uma pequena demo sozinho em casa e depois trouxe para os caras e o John teve algumas ideias para mudar os acordes nos refrões e Anthony começou a cantar essa linda melodia sobre a coisa toda. Na verdade, acho que em um momento sugeri, porque sinto tanto desejo nele no álbum, que chamamos o álbum de ‘The Yearning’, mas essa foi uma ideia de merda minha… claramente. Chama-se ‘Unlimited Love’ e não ‘The Yearning’, que soa como o nome de um filme da Disney ou algum filme de terror ruim que nunca teve uma sequência.”

CS: “O Flea faz cócegas nos marfins com essa música.”

POSTER CHILD

AK: “Eu não achei que essa música ia acontecer. Sua gênese foi uma linha de base dolorosamente funky, seu título de trabalho era ‘Faye’ em homenagem a uma mulher funky no centro-sul de Los Angeles com quem Flea passou algum tempo. E eu pensei que a linha de base estava morta até que um dia, dirigindo meu carro, eu estava ouvindo essa linha de base e fiquei tipo ‘espere um segundo, isso é bom demais para desperdiçar’. E eu encontrei um ritmo que meio que funcionou e eu toquei para John, que me disse ‘Eu acho que você tem alguma coisa com isso, descubra o que é.’ E a música realmente me manteve trabalhando por semanas na letra dela e eu desafio você a memorizá-la.”

FLEA: “Ela nasceu de um groove funk que eu tocava no baixo. Eu passei muito tempo no sul de Los Angeles e Watts (comunidade da cidade que Flea contribui) durante a composição e criação deste álbum e me envolvi nessa comunidade. E havia uma mulher que conheci lá chamada Faye, minha esposa e eu éramos amigos dela e ficávamos com ela em sua varanda e conversávamos, criando sentimentos desses momentos. E voltei ao ensaio um dia depois de sair de lá e tinha esse ritmo na minha cabeça que meio que ressoou com a minha experiência lá e comecei a tocar isso. E então tornou-se ‘Poster Child’. Quando eu ouvi o Anthony fazer esse grande rap passando por esse mundo completamente psicodélico de palavras e histórias, realmente me emocionou que ‘Poster Child’ se tornou o que se tornou. Eu amo essa música.”

CS: “Se você conseguir contar todas as palavras que o Anthony canta em ‘Poster Child’ ligue para 0800 POSTER CHILD”.

THE GREAT APES

AK: “É uma jam dinâmica, é poesia em movimento e é sobre seres humanos. Sabe quem são esses ‘grandes macacos’? É você, sou eu.”

FLEA: “Eu estava sentado na minha garagem em Malibu e tocando junto com Gregory Isaacs a música ‘Night Nurse’. E mesmo que não soe como Gregory Isaacs, foi daí que veio na minha cabeça. Doo doo doo doo doo doo doo doo doo doo doo doo doo doo doo doo doo doo doo doo doo doo doo doo doo doo doo doo. Sou grato por ter se tornado uma música e amo a letra dela. Eu amo pensar em grandes macacos e adoro pensar que a música fala disso. Neste disco, Anthony Kiedis continua melhorando, continua crescendo e melhorando e o que ele faz nesse disco é sensacional. Acho que é o seu melhor trabalho. Ele realmente focou nisso e conseguiu. Cada música tem um sentimento diferente, uma narrativa diferente, uma estética diferente, uma abordagem vocal diferente e estou muito orgulhoso dele.”

IT’S ONLY NATURAL

AK: “Outra música que quase não teve vida. Até que um dia, Flea me apresentou a uma amiga dele que tinha acabado de passar por um término doloroso e ela me inspirou a querer descobrir a história pelo menos para ‘It’s Only Natural’. Também me lembra um pouco Cat Stevens, que eu amo muito.”

SHE’S A LOVER

AK: “Essa música surgiu de alguns acordes do Flea. É bem funky e meio interessante e bonito e liricamente veio a mim enquanto andava de bicicleta em Kauai.”

FLEA: “Outra música que começou no baixo. Estava apenas sentado no sofá e ela surgiu quando estava tentando tocar algum funky. Eu amo Too Short, o rapper Too Short e amo sua versão de The Ghetto Donny Hathawa, que o tornou famoso com certeza. E Too Short, acho que é no disco do Short Dogs in the House que ele faz uma versão matadora de The Ghetto. Eu estava tocando algo como uma linha de base que não soa como The Ghetto, mas foi nesse quadro desse tipo de movimento de acorde e esse estado hipnótico que esse groove me coloca. E comecei a tocar e é uma série de linhas de base que se juntam e formam o núcleo disso, e então todo mundo entra e vem algo completamente diferente. E eu estou meio que com ‘The Great Apes’ ou ‘Poster Child’: sou muito grato que essas linhas de base se tornaram uma música. Eu amo isso, adoro os vocais de fundo do John na música. Eu amo os vocais de Anthony também, ele veio com todas essas seções diferentes, cada uma mais funk que a outra. E então, quando John entrou nos vocais de fundo, isso me abala, a coisa toda simplesmente mexe, é uma linda canção.”

THESE ARE THE WAYS

AK: “Essa me lembra quando a música clássica encontra uma música de rock and roll. Obrigado John por plantar a semente desta música. Tão divertido de cantar. Estes são os caminhos.”

FLEA: “O John chegou um dia com essa estrutura de música. E é a minha favorita. É apenas rock, é tudo o que posso dizer. E as peças combinam muito bem. Eu adoro quando alguém faz algo que eu nunca pensaria em um milhão de anos, a forma como isso cresce e chega ao clímax e volta e cresce e chega ao clímax novamente, através desse movimento de acordes realmente lindo. Simplesmente lindo. Vai evoluindo para essa coisa que é muito bombástica. Os vocais do Anthony me deixam louco com o quão bom que eles são. Quando ele começa a falar sobre o som, o sabor, o cheiro, ele diz muito sem precisar seguir alguma narrativa ou um bilhão de palavras. É tipo, ‘cara, eu sinto você, sinto seu cheiro, sinto seu gosto, sinto isso’. Eu amo essa música. ‘These Are The Ways’… uma das minhas músicas favoritas que o Red Hot Chili Peppers já fez.”

CS: “Nessa música tem uma bateria de rock bem louca. Um salve ao grande Keith Moon”.

WHATCHU’ THINKIN’

AK: “Essa música é algo que o George Clinton pode chamar de ‘Funk sem cortes’ porque as pessoas não querem seu corte de funk. E se chama ‘Whatchu Thinking’. Você me diz o que pensa.”

FLEA: “Começou com uma linha de base boom boom boom, boom, boom, boom, boom boom, boom, boom, boom, boom, boom, boom punk, punk, punk, punk, punk, punk, punk, punk, punk, punk punk… queria fazer um ciclo muito longo de uma linha de base e é um ciclo muito longo e muito específico. Mas tudo se juntou e eu amo o que o Anthony faz. Este tem um tipo diferente de capricho peculiar que eu estou feliz que temos. Eu amo todas as músicas do Unlimited Love. Uma das coisas que eu amo nesse disco e me faz sentir que é o nosso melhor trabalho é que cada música realmente ocupa seu próprio lugar, é completamente diferente de todas as outras músicas do disco. Cada música tem seu próprio sabor, sua própria cor, sua própria razão de existir, o que você acha que é definitivamente seu.”

CS: “Se você quer ouvir um baixo de funk, ouça essa música”.

BASTARDS OF LIGHT

AK: “Eu nem sei o que dizer sobre essa música. Chama-se ‘Bastards Of Light’. Todo mundo ouve isso de maneira diferente, para mim é definitivamente um momento em que posso abrir meu coração sobre algumas referências aparentemente abstratas de combate humano, mas você me diz o que acha.”

FLEA: “Eu não posso falar pelo Anthony, mas ele tem uma relação muito profunda com as artes marciais mistas. Ele tem um conhecimento enciclopédico sobre isso. Não é como ‘você sabe coisas violentas’ é como se ele realmente amasse a ciência disso e como as diferentes habilidades se contrariam e como você sabe que os caras desenvolvem essas habilidades diferentes com a luta. É uma coisa de amor real para ele e é lindo de ver porque eu não sei muito sobre isso, mas eu realmente gosto de seu relacionamento profundo com essa coisa. Então John entra com a música, você conhece esses belos acordes e movimentos misteriosos, e Anthony começa a cantar sobre lutar contra ‘Bastards of Light’. É incrível!”

WHITE BRAIDS & PILLOW CHAIR

AK: “Essa é uma música que o Rick Rubin cantou o dia todo todos os dias depois que a gravamos, foi a jam dele. A história verdadeira vem de quando vi uma vez um casal de idosos muito bonitos em uma cafeteria. Ventura County, provavelmente no final dos anos 70, esse casal entra no café e o cara estava impecável com suas longas tranças brancas na cintura. E sua linda parceira, com quem parecia ter passado a vida toda, trouxe seu próprio travesseiro para colocar na cadeira deste café só para que seu bumbum ficasse muito mais confortável. E eles pareciam muito confortáveis juntos e eu me apaixonei pelo amor deles. Eu fiz uma nota mental ‘tranças brancas e almofada de cadeira precisa ser uma música um dia’. É bem furtivo. Anna diz olá para Lou Reed ao longo do caminho.”

FLEA: “Eu posso começar a falar de cada música desse disco dizendo ‘eu amo essa porra de música’. John veio com esta guitarra com Dome Dome bonk bonk, bonk, bonk, bonk. Eu apenas tentei jogar neste ritmo dele. E Chad e eu meio que entramos nesse ritmo, e quando ouvi que Anthony estava escrevendo sobre tranças brancas e almofada de cadeira e eu não sabia quais eram as palavras. Eu apenas o imaginei namorando uma garota gostosa com tranças brancas sentada em uma poltrona e ele dizendo ‘olhe para aquela garota bonita naquela cadeira’. E eu apenas assumi, estupidamente assumi, que era sobre isso. Ele estava falando comigo sobre isso um dia e me disse que não, que a história é que ele tinha visto esse casal em uma cafeteria ou em algum lugar e era um casal de idosos. a mulher tinha tranças brancas, ou talvez o cara tivesse tranças brancas e esse casal de idosos viu que estávamos apaixonados por aquele momento, sentados em um lugar e é tipo… cara, que lindo.”

ONE WAY TRAFFIC

AK: “Esta talvez seja a música mais animada do disco. Chama-se ‘One Way Traffic’ e a música é antigravitacional. Flutua, salta. Não tinha ouvido falar da gravidade. É engraçado. Se você ouvir atentamente, na música há uma história de saudade, há uma história da vida cotidiana, há uma história do tipo ‘o que estamos fazendo aqui? O que realmente está acontecendo?’ É melhor nos divertirmos por precaução.”

FLEA: “‘One Way Traffic’ começou com riffs de baixo. Eu meio que juntei a série de riffs de baixo, mostrei para os caras e encontramos a forma de tocar juntos bem rápido. E então foi um tempo, eu não tinha ideia do que Anthony ia fazer nele e ele foi para o Havaí para fazer os vocais e voltou e ele apenas nos contou uma história muito engraçada sobre isso. E eu adoro isso, é uma música de rock comemorativa tão divertida. Na época eu estava ouvindo a banda X tocando junto com Nausea. Eu sei que não soa nada como Nausea, mas você sabe que às vezes você apenas toca junto com algo que te deixa em uma certa sintonia. Comecei a tocar com uma palheta e dedilhando acordes como se estivesse tocando junto com X e saí com ‘One Way Traffic’ e todo mundo levou isso para outro nível.”

VERONICA

AK: “Estávamos gravando o disco ‘Unlimited Love’ e o John…talvez John, Flea e Chad estavam tocando entre os takes de gravação. Então eles estavam apenas mantendo os dedos aquecidos, mantendo seus pensamentos fluindo e eles improvisaram alguns acordes em uma música chamada ‘Veronica’ e eu fui e gravei no meu telefone porque fiquei emocionado. E eu disse ‘isso é uma música, isso é uma música, isso é uma música’ e se tornou ‘Veronica’.”

FLEA: “‘Veronica’ é uma música que surgiu muito tarde, foi escrita no estúdio. Estamos meio que tocando no estúdio, acho que em um riff que John provavelmente tocou. Anthony realmente adorou. Ele começou a cantar a melodia para o verso, foi muito confortável para ele e eu já o ouvi cantar essa melodia antes e acho que ele estava sempre procurando um lar para ela. E John começou a tocar essa bela parte de guitarra como “Eu finalmente tenho um lar para este riff” e ele estava muito entusiasmado com isso e então John veio com aquele refrão com uma mudança de ritmo e uma mudança de tempo e deslocamento e Anthony cantando em cima. E Anthony canta sobre esses diferentes personagens começando com uma garota chamada ‘Veronica’ de diferentes esferas da vida no mundo. E você sabe, eu sinto ele, esse desejo de construir pontes entre pessoas diferentes em culturas diferentes e eu amo essa ideia que me deixa muito feliz porque é algo que eu penso muito.”

LET ‘EM CRY

AK: “Chorar é uma coisa boa, chorar alivia o estresse e a tensão. Não é um insulto, não é um sinal de fraqueza. É um sinal de ser um ser humano e é bom para o seu cérebro, então isso é ‘Let Them Cry’.”

FLEA: “‘Let Em Cry’ começou com um verso com uma linha de base. Anthony canta aquela linda ‘Cry cry let them cry’ essa linda melodia sobre ela. John veio com aquela flauta para um refrão na hora, mas às vezes fazemos essa coisa chamada ‘face off’, onde temos um verso que realmente gostamos e ficamos tipo, ‘Ok, precisamos de um refrão ou precisamos de uma ponte’ e nós diremos ‘face off’ e eu e John vamos para salas diferentes e ambos inventamos algo, e entramos e fazemos o que a banda achar melhor ou mais apropriado. E eu acho que isso foi um confronto e John veio com aquela parte do refrão, foi o que aconteceu. Anthony arrasou, nós temos um groove profundo nessa música.”

THE HEAVY WING

AK: “Era para ser um oxímoro, pelo menos no que diz respeito ao título, porque às vezes a vida é um oxímoro.”

FLEA: “John veio com todas essas partes musicais, essas partes instrumentais, coisa épica. E nós apenas seguimos. John é um homem tão estudioso, disciplinado e focado. Ele veio com todas essas partes cara, todas essas partes de acordes e riffs e outras coisas. Todos nós fizemos a nossa parte. Fizemos um bom trabalho de arranjo com o Rick antes de gravarmos e ele simplesmente curtiu. É ótimo, eu adoro.”

TANGELO

AK: “A última música do disco realmente parece que deveria ser a última música do disco. Chama-se ‘Tangelo’. É uma música acústica e muito do violão é de fato um violão, que acredito ser o único violão neste disco. Esta é ‘Tangelo’, é a última música do álbum porque é a última música.”

FLEA: “Eu adoro o cheiro de um ‘Tangelo’. É o tipo de coisa em que você cheira e sente seu todo, todas as suas pequenas entranhas vibrando. Quando Anthony me disse que se chamava ‘Tangelo’ fiquei muito feliz. Mas simplesmente lindo foi o John. Ele é um estripador e destruidor em uma guitarra e é sonoramente tão empolgante… às vezes, quando se esquece, ele simplesmente gosta de pegar um violão e tocar da maneira mais bonita e é apenas o som simples e cru de uma belo violão tocado por um homem de grande sensibilidade. Ele criou essa estrutura musica. Minha filha mais nova, Sunny Bebop, quando eu toquei o disco para ela, me disse que é a música favorita dela. Eu acho que há muitas pessoas que a parte favorita do Red Hot Chili Peppers é quando tocamos coisas bonitas e quietas, e então essa é para aquelas pessoas que realmente gostam dessa parte de nós. Estou animado para elas ouvirem ‘Tangelo’, estou mesmo.”


CS: “Nós gastamos nosso tempo escrevendo este álbum ‘Unlimited Love’, nós tivemos a sorte de poder ter tempo, e o tempo louco que estava acontecendo em nosso mundo para podermos nos juntar, nós quatro em uma sala e apenas sermos criativos. Era um dos lados positivos do que estava acontecendo lá fora. E nós realmente nos concentramos. John Frusciante voltou ao nosso grupo e realmente nos conhecemos novamente. Pessoalmente e musicalmente. Foi uma situação de sorte. E nós realmente tiramos o melhor proveito disso. Não tivemos restrições de tempo. Nós realmente queríamos fazer a melhor música que nós quatro poderíamos fazer. Há um fio de amor através de tudo isso, através de nós quatro através da música e quando você faz isso… é ilimitado. Espero que as pessoas sintam isso e se conectem com isso e amem tanto quanto nós. Então, obrigado por ouvir!”

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