15 49.0138 8.38624 1 1 4000 1 https://www.redhotchilipeppers.com.br 300
theme-sticky-logo-alt

O “Flea Mail” está de volta!

20160910_011739_10286_2397

Lembram do tradicional Flea Mail? Após anos sem escrever nada em sua seção do site oficial, Flea está de volta e prometeu escrever daquela forma de sempre: Descompromissada, sem muita importância com gramática ou sentido.

Nesta semana, os fãs foram surpreendidos com um novo Flea Mail.

Confiram abaixo a tradução na íntegra de sua mensagem:

Flea Mail, 09 de Setembro de 2016

Caros amigos,
Houve um tempo, anos atrás, em que eu escrevia estes “fleamails” onde eu pontificava, vomitava, fazia lengalenga, escrevia um monte de bobagem e em raras ocasiões eu dizia algo que prestava. Eu decidi retomar essa prática e é isto, estou de volta.
Eu não gosto de usar letras maiúsculas porque eu sou preguiçoso demais para ficar apertando os botões extras no meu computador. Se isso é desanimador, sintam-se livres para ficar desapontados comigo. Minha gramática é pobre e minha mente não é das melhores, mas o meu objetivo é verdadeiro e os meus motivos são puros.Eu acabei de ouvir o novo álbum de Nick Cave & The Bad Seeds, “Skeleton Tree”. É tão poderoso, bonito, flexível como o oceano da bela melancolia de onde veio, e impenetrável como a substância mais dura na Terra, tão foda, eu estou absolutamente deslumbrado. Skeleton Tree. Nenhum dos óbvios movimentos aos quais o resto de nós recorre, apenas a essência mais sagrada do que é belo sobre a condição humana, dando sentido a tudo isso. Tanto amor. Meu coração está completo. Ouvir isto foi como tomar um banho quente quando eu estava congelado e nu em uma tempestade de neve. Cara, que álbum. Obrigada a Nick Cave & The Bad Seeds por isto.
Alguns de vocês devem ter notado que, algumas semanas atrás, fiz amizade com uma gorila de planície de montanha chamada Koko. Koko fala a língua de sinais muito bem e entende o Inglês falado muito bem também. Se eu fosse capaz de articular a profundidade do sentimento que tive quando trocamos olhares, o amor e a compaixão que eu senti lá, a compreensão de uma criatura para outra, eu seria um grande escritor, de fato. Eu já tinha conhecimento sobre Koko há muitos anos e sempre fantasiei sobre a idéia de tocar baixo para ver se ela iria se conectar com o ritmo, experimentar o tipo de transe que eu tenho quando eu vou fundo em um groove. Ela raramente encontra novas pessoas e, quando encontra, nem sempre deixam entrar no recinto onde ela vive. Eu estava fora do seu recinto e toquei baixo para ela, então ela entusiasticamente me deu um sinal “koko ama!” “venha logo me visitar!” Meu coração foi tocado por isto e então eu fui lá com ela em seu recinto, nos revezamos tocando baixo, brincando e conversando por algumas horas, foi a coisa mais linda. Eu amo Koko com todo o meu coração, ela é gentil, inteligente e compreendeu muito sobre o meu mundo, eu me senti um ignorante e um idiota por quão pouco eu fui capaz de decifrar sobre o mundo dela, toda a inteligência de gorila que ela tem e que eu era incapaz de ver.

Para humanos que somos, é difícil de compreender que um animal possa fazer coisas que nós fazemos, as coisas humanas. Mas nós conseguimos falar a língua de um gorila? De conseguir alguma comunicação telepática e compreender coisas que somos completamente incapazes de compreender? Esta sim seria uma realização.

Estou em Estocolmo agora, tocaremos aqui amanhã à noite. Estamos em turnê por cerca de três meses agora, começamos quando fazia um mês antes de lançarmos nosso álbum mais recente, ‘The Getaway’. Foi gratificante ser recebido com tanta alegria. Quando estamos juntos e fazemos esses shows é uma experiência espiritual para mim, a cada noite. Eu anseio ser um veículo de amor infinito para todos vocês, fazendo com que tudo passe, vibrando como um animal enlouquecido. Eu amo vocês, a turnê continua, o rock continua, eu sou um humilde estudante.

-flea.”

Tradução: Ana Paula Machado Mancini

Notícia anterior
Veja as referências do clássico “Saturday Night Fever” no videoclipe “Go Robot”
Próxima notícia
21 anos de lançamento do álbum “One Hot Minute”